O final do ano bate à porta e, a esta altura, muita gente começa a se programar. Se o objetivo é fazer uma viagem internacional, no checklist não pode faltar a contratação de um seguro. Ele é obrigatório em dezenas de países, inclusive nos destinos mais procurados. Em muitos, há até um valor mínimo estipulado.
Nesse ponto, há uma dúvida comum: para quê contratar seguro viagem se cartões de crédito costumam incluir esse benefício? Especialistas em turismo internacional alertam, porém, que nem sempre o seguro oferecido pela bandeira do cartão é suficiente. Muitas vezes, sequer abrange o valor mínimo para ingressar em alguns países. Resultado: risco de ser barrado na imigração.
Mesmo que o valor mínimo esteja de acordo, costuma haver um outro problema: a maioria dos seguros dos cartões de crédito oferece cobertura limitada, explica o especialista Hugo Reichenbach, diretor de operações da Real Seguro Viagem. “Geralmente, só despesas médicas e hospitalares, muito básicas. Até problemas comuns, como extravio de bagagem e cancelamentos ficam de fora”, alerta.
Outro perrengue: o seguro do cartão de crédito se dá pelo sistema de reembolso. Ou seja, primeiro o viajante arca com aquela despesa do problema enfrentado, para depois ser ressarcido. “Imagina a situação: estar em outro país, enfrentando uma emergência, e precisar desembolsar, no ato, uma quantia considerável. Isso gera um outro transtorno: além da situação emergencial, ter que se preocupar com dinheiro para pagar aquilo”, sublinha o especialista.
O caso pode se agravar se o seguro do cartão não for ativado. Isso não é difícil de acontecer, já que muita gente pensa que o seguro é automático. Reichenbach adverte: “Para ter o benefício, é preciso que a passagem seja comprada com o cartão de crédito. Só que às vezes a compra é feita por outros meios, seja porque custa mais que o limite, ou porque, por outros meios, o preço foi mais vantajoso”.
Segundo o diretor da Real Seguro Viagem, em média o valor do seguro dos cartões de crédito é de US$ 15 mil. Na Europa, no entanto, o mínimo exigido é de 30 mil euros. Em quase 30 países do continente, signatários do Tratado de Schengen (sobre a circulação de pessoas no continente), para entrar é preciso comprovar ter seguro viagem.
O mesmo ocorre em outras partes do planeta. Na América Latina, Cuba, Venezuela e Equador exigem seguro. É item obrigatório também no Oriente Médio (Afeganistão, Emirados Árabes, Irã, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e Turquia). Austrália e Irlanda exigem seguro para intercambistas.
Por tudo isso, a recomendação é pela contratação de um seguro viagem especializado. “É um investimento em uma proteção indispensável. O seguro deve ser feito seja para viagem a passeio, a trabalho e mesmo para visita familiar; seja para viagens internacionais como para dentro do Brasil. É uma prevenção contra gastos inesperados. Além disso, dá tranquilidade, evitando desgaste emocional extra: o da preocupação com dinheiro, diante de uma emergência”, define o especialista.
Ademais, o seguro especializado pode ser contratado conforme o perfil do viajante. Assim, a cobertura contempla riscos inerentes às características de cada pessoa e sua viagem. Por exemplo, se está viajando com crianças, com pets; se é viagem turística convencional ou mais radical. “Com as seguradoras especializadas, tudo isso pode ser personalizado”, assinala o diretor da Real Seguro Viagem.
PARA SABER MAIS
A Real Seguro Viagem nasceu em 2009, configurando-se como o primeiro comparador online de seguros de viagem do Brasil. Nesse período, mais de 1,4 milhão de pessoas viajaram com seguro contratado por meio da plataforma.